Capital sul-americana com ares europeus, Montevidéu é menos agitada e com bom repertório artístico-cultural
É inevitável a comparação com Buenos Aires, do lado argentino do Rio da Prata, onde a vida noturna agitada e a fama dos centros comerciais acabam atraindo mais visitantes estrangeiros. Mas quem procura fazer turismo em uma capital sul-americana com ares europeus e sem a agitação da capital argentina não pode deixar de incluir Montevidéu no roteiro.
A cidade é relativamente pequena – tem cerca de 1,3 milhão de habitantes – e não oferece tantas opções de entretenimento como a vizinha, mas a capital mais jovem da América Latina, fundada na primeira metade do século 18, tem um clima tranquilo de interior raro em outras grandes cidades hispânicas da América do Sul, além de um Centro Histórico com casarões coloniais, praças e parques. É só diminuir o ritmo e aproveitar.
O passeio pelo centro antigo começa na Puerta de la Ciudadela, marco zero do setor histórico, que conecta com a Plaza Independencia. Na esquina com a Avenida 18 de Julio, principal artéria da cidade, está o emblemático Palacio Salvo, de 1925, cartão-postal de Montevidéu. Ali perto, na Avenida Reconquista, outro ponto de referência é o Teatro Solís, de 1856, que mantém variada agenda com espetáculos de música, teatro e dança.
Também há bons museus, como o Torres García, dedicado a um dos artistas contemporâneos mais importantes da América do Sul, cuja prolífica obra inclui o mapa invertido do continente. E, para quem gosta de futebol, o Estádio Centenário, palco da primeira Copa do Mundo, em 1930, conta com um interessante acervo.
Não deixe de curtir algumas horas percorrendo as Ramblas, calçadões com vista para o Rio da Prata que têm ciclovias e áreas para descanso com pequenos mirantes ao longo do trajeto.